quarta-feira, 18 de abril de 2012

Feira da saúde EBI Francisco Ferreira Drumond



 Nos dias 17 e 18 de abril, o Projecto (In)Forma-te esteve presente na Feira da Saúde da EBI Francisco Ferreira Drumond.
Foi uma excelente oportunidade de partilha e de troca de opiniões acerca do propósito do projeto.
Nestes dois dias passaram pelo nosso espaço algumas centenas de alunos, que se tornaram ajudantes do (In)Forma-te, transformando-se em agentes sensibilizadores junto das pessoas mais próximas de si.
Além de ficarem encarregues de desfazer alguns mitos em que muitos adultos ainda acreditam, acarretaram a missão de agraciar uma pessoa não fumadora com um pin que a identifica como tal.
  Aprenderam a confecionar caipirinhas sem álcool e aceitaram o desafio de ensinar esta receita em casa  (para dias de festa), como alternativa à sua versão alcoólica, mantendo todo o sabor e frescura.
Os projectos Animação de Rua da Cáritas da Ilha Terceira, Percursos e Equipa de Saúde Escolar do Centro de Saúde de Angra do Heroísmo colaboraram nesta nossa participação, através dos seus técnicos interveniente no Projecto (In)forma-te.





quarta-feira, 11 de abril de 2012

Álcool - APEF receia aumento de doenças hepáticas em jovens


A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) receia um aumento das doenças hepáticas por álcool em pessoas jovens dentro de uma década devido ao consumo "cada vez mais precoce e intenso".
"O consumo cada vez mais precoce é um problema que tem sido um pouco esquecido, tememos que, num futuro próximo, uma década, se venham a notar mais casos do que o habitual de doenças hepáticas graves em pessoas relativamente jovens, na casa dos 30 anos", alertou Armando Carvalho, presidente da APEF.
Armando Carvalho falava à Lusa a propósito da 15.ª reunião anual da APEF e da 2.ª Reunião Luso-Brasileira de Hepatologia, que decorrem sexta-feira e sábado, em Coimbra.
O especialista manifestou-se preocupado com o consumo de álcool "mais intenso e pesado" entre os adolescentes, que "correm muito mais riscos, e mais precocemente, de virem a ter uma doença hepática grave".
"Antigamente, via-se muito pessoas ainda em idade jovem com problemas hepáticos graves devido ao consumo de álcool, mas nas aldeias. Tememos que agora comecem a surgir em pessoas de outro nível, jovens universitários", referiu.
Armando Carvalho defende, por isso, que "seria muito importante que fosse realizada uma forte campanha nacional para prevenir o consumo de álcool entre os jovens".
Numa entrevista à Lusa, domingo passado, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, admitiu que tem "falhado tudo" para desincentivar os jovens do consumo de álcool e defendeu a realização de uma campanha que envolva a escola, a família e os serviços de saúde.
Em declarações à Lusa, o presidente da APEF explica que as cirroses (doença grave irreversível do fígado) surgem "dez a 20 anos após o consumo excessivo de álcool e estimativas por baixo (defeito) apontam para que em Portugal uma em cada cinco pessoas consome álcool em níveis que podem ser perigosos para o fígado (a partir de 30 a 40 gramas por dia)".
"Não é preciso haver um aumento do consumo de álcool associado à crise que o país atravessa para que seja um problema em Portugal", considerou o especialista.
Estima-se que em Portugal "dois milhões de pessoas consomem álcool em quantidades perigosas, meio milhão são alcoólicos e, destes, 20 por cento acabarão com uma doença grave do fígado", alertou.
Armando Carvalho aponta "todo um negócio à volta da juventude, da noite, em que o ambiente é propício a consumos elevados de álcool" e adverte que, "se não houver fiscalização adequada, o aumento da idade legal para o consumo, de 16 para 18 anos, pode ter um impacto reduzido".
A cirrose hepática é apontada, sublinha a APEF, como a décima causa de morte em Portugal, sendo causada maioritariamente (70 a 85 por cento dos casos) pelo consumo de álcool.
"Ao contrário do que acontece com a diabetes e a hipertensão, não há um plano nacional de saúde dirigido às doenças do fígado, nem sequer à doença hepática do álcool", critica o especialista.
Outras das doenças em discussão no encontro são as hepatites víricas, a "B" e a "C", esta última para a qual existem dois medicamentos novos que aguardam a entrada no mercado português.
"São dois medicamentos bastante caros, que terão um acréscimo no custo do tratamento bastante significativo, 20 mil a 25 mil euros por doente, mas que aumenta a eficácia do tratamento da Hepatite C de quatro para sete em cada dez doentes", precisou.