terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As ciberdrogas: um novo perigo?

 As farmácias que vendem medicamentos legais (que na sua maioria são contrafeitos) e drogas ilegais na Intertnet são uma ameaça cada vez maior, especialmente para os jovens, alertou o Organismo Internacional de Controlo de Estupefacientes (OICE) no seu relatório de 2011.
As ciberfarmácias usam muitas vezes as redes sociais como o Facebook e sites como o YouTube para chegar aos mais jovens. Estes sites são usados para levar os jovens a chats, onde depois quem gere as ciberfarmácias “usa uma série de maneiras para que, à primeira vista, não parecem estar a fazer publicidade a drogas. Mas que depois, claro, começam o bombardeamento com todo o tipo de drogas”, disse o presidente do organismo, Hamid Ghodse, em declarações à agência Reuters.

O organismo com sede em Viena fez um apelo aos Governos para que encerrem os sites de venda ilegal de medicamentos e drogas na Internet e ainda que se esforcem para apreender as substâncias contrabandeadas através dos correios – e que cooperem mais a nível internacional. O OICE sublinhou ainda quais são os “aspectos-chave” para as actividades das farmácias ilegais na Internet: “contrabandear os seus produtos, encontrar espaço de alojamento para os seus sites e convencer os seus clientes de que são, de facto, legítimas.” Mas mesmo quando vendem medicamentos legais, cerca de metade destes são falsificados, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.

No ano passado, o OICE teve informação sobre mais de 12 mil apreensões de “substâncias controladas internacionalmente”, enviadas através dos correios. Mais de 5500 eram drogas ilegais; o restante substâncias legais.

A Índia foi o país de onde mais vieram estas substâncias, acrescenta o organismo: 58 por cento das apreensões tinham origem indiana. De seguida, Estados Unidos, China, e Polónia foram responsáveis por fatias significativas das apreensões.

De resto, o OICE confirmou tendências anteriores: que a Europa representa a maior parcela do mercado mundial de opiácios, e que o principal problema de droga na Europa continua a ser o da heroína, tanto em termos de mobilidade como de morbilidade, Mas há cada vez mais qualidades e tipos diferentes de substâncias ilícitas no mercado europeu, e essa é outra preocupação do OICE.


Notícia retirada daqui.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Heroína

Mais de 95 % dos consumidores de droga, referenciados pelos serviços de saúde ou estabelecimentos prisionais, são heroinodependentes. O consumo de heroína deixa traços amnésicos que perduram no tempo, mesmo depois de os seus vestígios terem sido eliminados do corpo. Torna-se a paixão de uma vida.
A heroína é um opiáceo obtido por síntese. Foi criada em 1879 nos laboratórios Bayer que procuravam encontrar um analgésico forte como a morfina, mas que não provocasse dependência. No século XIX a morfina provocou grandes problemas de dependência e, os laboratórios mais prestigiados da época procuravam encontrar uma substância que a substituísse no poder analgésico, mas não no poder aditivo.
O nome heroína deriva da palavra alemã heroish, que significa poderoso, heróico. Quando foi descoberta atribuíam-se-lhe grandes propriedades. Em menores quantidades tinha efeitos maiores e pensava-se que trataria a tuberculose e os dependentes de morfina. Mas os riscos e efeitos negativos da heroína foram descobertos e acabou por ser retirada do mercado como medicamento.
A heroína é uma droga psicótica. Actua sobre o sistema nervoso central e provoca prazer. Provocando um estímulo muito intenso e brusco nas vias do prazer, não permite que o sistema cerebral se adapte a esse estímulo. A incapacidade de adaptação dos mecanismos cerebrais a essa intensidade e rapidez do estímulo provocado pela heroína cria a dependência. A heroína cria picos de prazer que deixam uma marca forte na memória. Esse efeito de prazer vai ser para sempre procurado pelo heroinodependente.
É essa dependência psicológica que mais agarra o heroinodependente. As recaídas de um heroinodependente em tratamento devem-se sempre à dependência psicológica. A representação mental dos efeitos do prazer que o consumo de uma droga proporciona é um património unipessoal indestrutível e, é grandemente responsável pela dependência.
Os efeitos iniciais da heroína sobre o sistema nervoso central são: analgesia, sonolência, euforia, sensação de tranquilidade, diminuição do sentimento de desconfiança, embotamento mental, contracção da pupila, náuseas, vómitos, depressão da respiração (o que causa a overdose) e desaparecimento do reflexo da tosse. O consumo de heroína provoca também prisão de ventre e dificuldade em urinar. Nas mulheres desregula os ciclos menstruais.
Os consumidores crónicos desenvolvem tolerância em relação aos efeitos de euforia, depressão respiratória, analgesia, sedação, vómitos e alterações hormonais. Estes consumidores também desenvolvem sintomas como diminuição da libido, insónias e transpiração.
No consumo de heroína a tolerância é desenvolvida com grande rapidez, o que permite admitir maior quantidade de droga. Procura-se obter com maiores quantidades de heroína os efeitos que antes eram conseguidos com doses menores. A dependência gera-se facilmente.
Hoje a dependência é vista sob um modelo bio-psico-social, onde se tem em conta as incidências aos níveis biológico, psicológico e social. Os factores de risco para uma dependência são circunstâncias pessoais, sociais ou relacionadas com a substância que tornam mais provável que um indivíduo se inicie no consumo de drogas.
O síndrome de abstinência da heroína provoca sintomas como desejo de consumir, náuseas, hipersensibilidade à dor, inquietação e irritabilidade, ansiedade, insónias, dores musculares, entre outros. Mas estes sintomas desaparecem numa semana. O que permanece é a lembrança da droga. Mesmo quando corpo já "esqueceu" a heroína, a mente pode levar uma vida a esquecê-la

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Risco duplo de acidente em condutores com cannabis


Os condutores que usam cannabis, três horas antes de conduzirem, correm um risco duas vezes superior de ter um acidente do que alguém que não esteja sob a influência de álcool ou drogas, avança um estudo.
O estudo justifica esse duplo risco com o facto do cannabis afectar as funções motoras necessárias para uma condução segura.
O estudo publicado em bmj.com reviu nove estudos que envolveram 50 mil pessoas em todo o mundo que sofreram acidentes rodoviários.
Os investigadores acompanharam de perto os acidentados que consumiram drogas. O estudo foi realizado por investigadores da Universidade Dalhousie, em Halifax, Canadá.
Concluíram, depois de realizados vários testes com diferentes tipos de veículos, que o risco de o condutor se envolver numa colisão de veículos, resultando em ferimentos graves ou morte, duplicava se tivesse consumido cannabis até três horas antes.
Fonte: DN Ciência

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Assusta, não???

400 cigarros parecem muitos (e realmente são), mas fumando um maço diariamente, consegue-se esta soma em apenas 20 dias.
Esta experiência dá-nos uma ideia do que o tabaco pode deixar no nosso organismo.
 Agora imaginemos 400 cigarros, mais 400 e mais 400... num consumo continuado de 20 cigarros por dia.
Assusta, não???