As pessoas que gostam de fumar quando bebem podem estar em maior risco de sofrer uma ressaca na manhã seguinte, de acordo com um estudo que será publicado na edição de janeiro de 2013 da Revista de Estudos de Álcool e Drogas.
Para quem bebe em demasia, no dia seguinte a combinação de cefaleias, náuseas e fadiga pode ser um sentimento familiar. Mas alguns consumidores parecem ser resistentes à ressaca: cerca de um quarto das pessoas que bebem o suficiente para provocar uma ressaca não chegam a senti-la.
Ninguém tem certeza do porquê, mas um novo estudo sugere que o fumo pode ser um fator que aumenta as hipóteses de ressaca.
Pesquisadores descobriram que estudantes universitários eram mais propensos a relatar sintomas de ressaca após um episódio em que beberam em demasia, associando um consumo também excessivo de tabaco.
Pesquisadores descobriram que estudantes universitários eram mais propensos a relatar sintomas de ressaca após um episódio em que beberam em demasia, associando um consumo também excessivo de tabaco.
E isso não acontece simplesmente porque fumaram mais e beberam mais. "Com o mesmo número de bebidas, as pessoas que fumam mais são mais propensos a ter uma ressaca e a ter ressacas mais intensas", disse o pesquisador Damaris J. Rohsenow, Ph.D., do Centro de Estudos do Álcool e Dependência na Brown University, em Providence, Rhode Island.
Foram analisados também outros fatores, como por exemplo, se os alunos consumiram drogas durante o ano anterior. E fumar, por si só, foi, mais uma vez, associado a um aumento do risco de ressaca."Isso reforça a ideia de que existe uma ligação direta entre o fumo de tabaco e as ressacas", afirma Rohsenow.
Foram analisados também outros fatores, como por exemplo, se os alunos consumiram drogas durante o ano anterior. E fumar, por si só, foi, mais uma vez, associado a um aumento do risco de ressaca."Isso reforça a ideia de que existe uma ligação direta entre o fumo de tabaco e as ressacas", afirma Rohsenow.
O "como" não é totalmente claro, mas outra pesquisa mostrou que os receptores de nicotina no cérebro estão relacionados com o ato de beber, segundo Rohsenow. Por exemplo, fumar e beber ao mesmo tempo aumenta a liberação de dopamina, uma substância química do cérebro responsável pela sensação de prazer. Assim, o fato de se estabelecer uma ligação comum entre os efeitos da nicotina e do álcool no cérebro pode explicar a relação entre o ato de fumar e os sintomas sentidos no dia que se segue a um consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Os resultados são baseados numa pesquisa feita online em que 113 universitários registaram o seu consumo de álcool e de tabaco, e todos os sintomas da ressaca, durante oito semanas.
Em geral, quando os estudantes bebiam excessivamente - o equivalente a cinco ou seis latas de cerveja em cerca de uma hora - aqueles que fumaram mais, tinham, nesse mesmo dia, maiores probabilidades de sofrer uma ressaca, aumentando também a intensidade desta. Isso deixa a questão: "E depois? Ressaca pode faze-lo sentir-se mal, mas há mais algum problema além desse?"
Há evidências de que a ressaca afeta a sua atenção e tempo de reação, a curto prazo, afirma Rohsenow. Portanto, pode ser insensato conduzir ou trabalhar com segurança, ou realizar manobras sensíveis com uma ressaca.
Há evidências de que a ressaca afeta a sua atenção e tempo de reação, a curto prazo, afirma Rohsenow. Portanto, pode ser insensato conduzir ou trabalhar com segurança, ou realizar manobras sensíveis com uma ressaca.
Ninguém tem certeza, ainda, se a ressaca pode ser sinal de algum tipo de dano ao cérebro, mas o fumo já é conhecido em outros estudos por agravar os efeitos nocivos no cérebro causados por anos de alcoolismo. Já existem motivos de sobra para evitar tanto fumar como beber em excesso, mas Rohsenow afirma que estes resultados sugerem que, se os fumadores decidem beber, será sensato, pelo menos, reduzir o número de cigarros fumados.
ScienceDaily (05 de dezembro de 2012)
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