Entre nós, durante décadas, o consumo tradicional do álcool foi quotidiano, praticamente exclusivo dos homens, com uma enorme componente social e essencialmente protagonizado pelo vinho. Naturalmente que o fato de sermos um dos maiores produtores mundiais de vinho, associado a mitos e preconceitos (“o vinho aquece”,” o vinho dá força) e em cercas regiões servindo de pagamento complementar da jorna e utilizado como alimentação (“sopas de cavalo cansado”), justifica que sejamos também um dos maiores consumidores europeus de álcool per capita.
Atualmente o consumo de álcool alargou-se, particularmente aos combinados, às bebidas destiladas e à cerveja. Para alguns especialistas o álcool não é menos perigoso que a heroína.
Um pouco á semelhança do resto da Europa, têm-se verificado consumos crescentes de álcool entre os jovens e as mulheres.
Os riscos do abuso do álcool são evidentes já que as camadas jovens de consumidores pertencem progressivamente a grupos etários mais baixos e no tocante ao sexo feminino razões de ordem biológica são responsáveis por uma maior susceptibilidade ao seu consumo, o que acrescem os riscos decorrentes na gravidez e amamentação.
Os efeitos do crescente aumento do consumo não se têm feito espera, disparando os acidentes rodoviários e sendo também apontado como quarta causa de morte, em consequência do desenvolvimento de doenças, como cirroses, cancros diversos, problema sexuais, além de por vezes fazer parte do perfil de indivíduos com elevada prevalência para o suicídio.
Apesar de todas estas consequências e com campanhas de informação em que tem sido demonstrado de que o álcool não dá alegria, não diverte, não aumenta a potência sexual, não ajuda a digestão, não mata a sede, não dá força, não alimenta e não tem qualidades medicinais, o consumo de álcool é cada vez mais atrativo, sobretudo para os jovens, que por vezes iniciam a ingestão de bebidas alcoólicas por influência dos amigos, em lugar de diversão noturna procurando uma intoxicação rápida, tomando partido dos efeitos iniciais desinibidor de conduta e como facilitador dos contactos sociais podendo desta forma ser o caminho direto para o alcoolismo.
A desinibição de conduta leva por vezes a comportamentos sexuais de risco, como manter relações sexuais com diversos parceiros, a não utilização do preservativo proporcionando o aparecimento quer de doenças sexualmente transmissíveis quer de gravidezes não desejadas.
Como já vimos o álcool, em pequenas quantidades, é facilitador das relações socais e, portanto, facilita o estabelecimento das primeiras relações entre ambos os sexos.
Não que seja um potenciador de simpatia, afetividade ou sexualidade, apenas funciona como um desinibi dor momentâneo de repressões, auto – exigências, autocontrolo e autocríticas e que a longo prazo, a dependência do álcool destabiliza amizades e relações de pares e afeta profundamente o funcionamento sexual.
Este problema reveste-se assim de uma enorme complexidade requerendo uma análise multidisciplinar.
As campanhas a desencadear deverão assentar no aumento do conhecimento das responsabilidades que o beber excessivo acarreta, fazendo passar a mensagem de forma clara e inequívoca.
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